Uma garota do subúrbio

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quarta-feira, novembro 14, 2012


Abra sua janela



Não faz nem uma semana que o blog está na ativa, mas estou tão realizada. Sei lá, é tão bom você poder escrever livremente sobre o que pensa... sobre qualquer coisa. Existem tantos pensamentos, sentimentos e confissões a se fazer, mas às vezes não há ninguém disposto a ouvir. Esse é um dos males do mundo atual. Todos vivem em mundos particulares, com suas próprias realidades. Talvez seja por isso que me identifiquei tanto com blogs. É como uma viajem. Podemos visitar e conhecer o mundo particular dela ou dele, e quem sabe então, acrescentar algo ao nosso próprio mundo. 

Mas como desejar que os outros nos permitam entrar em seus mundinhos, se nem nós o fazemos? De repente, se expressar me pareceu perigoso, assustador. Porque arriscar, quando em seu mundo as coisas correm tão livres e soltas? Parece tão sensato se isolar à se expor ao estranho. 

Agora, meu quarto está mal iluminado, vejo apenas a chuva escorrendo pelo vidro da janela embaçada. Querendo entrar. Mas não é fácil receber uma estranha, principalmente quando estou tão confortável: deitada, debaixo de cobertas, recebendo o calor de um quarto abafado. Está quente demais, mas não quero  abrir a janela. 

Uma gota de suor começou a brotar, escorrendo pelas costas. Me sinto fragilizada em meu próprio quarto, desejando que eu não precisasse de mais nada, que eu fosse alto-suficiente. Desejando que eu não precisasse do frio de fora. Mas quanto mais eu penso, mais o desejo cresce dentro de mim. Estico meu braço e alcanço a janela, entreabrindo-a. Logo o sopro do frio invade o quarto, e traz o tão esperado frescor. Ah! O alívio. Com o vento frio adentrando meus cabelos, passou pela minha cabeça, então, que talvez não seja tão ruim assim abrir seu mundo.  

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terça-feira, novembro 13, 2012


Sete minutos no paraíso



Nessa semana, tenho pensado bastante sobre a minha existência nesses dezessete anos. Acabou que, como em todos os anos, eu comecei a ficar depressiva porque meu aniversário está chegando. Eu já não gosto muito dessa data do ano, mas o fato deu estar prestes a completar a "maior idade" me assusta. É como se eu estivesse prestes a ser banida do mundo dos jovens alienados. Como se eu fosse perder o meu direito de fazer coisas idiotas, porque aí não teria mais a desculpa dos "hormônios a flor da pele" para encobrir os fatos. Mas eu acho que nada disso é importante agora, já que o que devíamos realmente nos perguntar é: cadê as máquinas do tempo quando precisamos delas?

Bom, estou fugindo um pouco do assunto. O ponto que eu queria chegar é que, depois de lágrimas e sorvete de creme, decidi aproveitar o restinho dos meus dezessete, como uma pessoa sensata faria. A final de contas, faltam menos de um mês para o "grande dia". Ainda estou bolando uma listinha de desejos antes da data querida, que podem incluir desde correr pelada até assistir Glee até o fim. A verdade é que a lista ainda não está finalizada, mas quando estiver, talvez eu compartilhe aqui. Só sei que neste exato momento estou ao som de Don't stop me now, do Queen, e estou realmente com vontade de dar uma de loucona, e dar a volta no quarteirão pelada... 

OU NÃO

Acontece que depois de muita reflexão sobre o que eu faria de diferente para curtir as meus últimos goles da fonte da juventude, decidi começar a jornada devagar, indo essa semana na livraria procurar por livros "joviais". Depois de um tempinho rodando a sessão, me deparei com "Sete minutos no paraíso", o que era um ourinho lá no meio. Acompanhem senhores:


Conta a história de  dois melhores amigos-desde-sempre, mas a fofinha decide que é na verdade é apaixonada pelo BOFE. De início o livro só arrancou um sorrisinho meu, daqueles de bem de ladinho, mas depois que eu abri uma página aleatória e dei uma lidinha, eu AMEI! A personagem é cativante, engraçada, sarcástica, e... NORDESTINA! ISSO MESMO, meus caros! A escritora é brasileira, sendo este seu segundo livro, mas vou te dizer: me apaixonei pelo trabalho dela. Se você, que assim como eu, está acostumada a livros estrangeiros, com personagens com nome do tipo Rachel, John  Elizabeth e tals, vai estranhar com os BFF's Raquel e Diego. Além da fofura deles ficarem falando "Oxê" e "Vishe", a amizade entre eles é de causar invejinha em muita gente. Raquel é do tipo pra lá de reservada, seu estilo está mais pra blusa preta e All Star, não liga a mínima para opiniões alheias, sem falar que ela ama Tokio Hotel. Já Diego, o tal bofe falado, é do tipo Gamer e adora séries e filmes de zombie ou qualquer coisa que apareça sangue. Embora ele seja um pouco mais sociável que ela, os dois não se desgrudam, até porque moram na mesma rua, e estudam na mesma escola (desde sempre). 


No livro vemos Raquel descrever como é se contorcer pelas loucuras do amor e pelo medo de perder a grande amizade ao mesmo tempo. Solução rápida da nossa amiga? Bolar um plano perfeito para ter sete minutos no paraíso com o 'Dieguito', sem expor seu amor por ele, que tem certeza não ser correspondido. Aí a história vai se desenrolando, e a gente vai devorando as páginas que nem a coxinha da cantina.


Depois de comprar e ler o livro, soube que era realmente o que estava procurando: um livro teen, divertido, personagens cativantes com sentimentos atordoados. Ou seja: a cara da juventude. Sambei na cara da velhice, que era foco principal e ainda saí com o bônus de ter descoberto essa escritora brasileira que tanto amei. 

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segunda-feira, novembro 12, 2012


Uma garota do Subúrbio





Eles disseram que somos nós quem escolhemos nossos destinos, que nossas atitudes revelam quem realmente somos... Disseram também para correr atrás daquilo que desejamos, para jamais desistir. Ah! E como poderia me esquecer do famoso "é fácil falar, o difícil é fazer". 

Me chamem de Jéssica. Tenho dezessete anos, moro em Goiânia. Curso o terceiro ano do ensino médio,  e tenho o grande desafio de me destacar entre milhões de pessoas. E é aí, que começa o probleminha. A vida não é fácil, muito menos quando se é brasileira, nova demais, pobre demais e sem poderes mágicos para trazer justiça ao mundo. Triste, meus caros, realmente triste. Mas não é por causa disso que vamos pegar uma faca e cortar os pulsos, não é mesmo? O céu ainda é azul, a vida é supostamente bonita e ainda temos pés saudáveis para aguentar muitas pedras no caminho. E entre pedras e pregos, estarei aqui, dando meus relatos de cada tropeço. 

Estive pensando bem sobre o que seria esse blog. Na verdade, pensei apenas por alguns segundos, mas a idéia de que fosse uma reflexão dos meus pensamentos e gostos pessoais parece ser a coisa mais sensata a se fazer. E para você, que deve estar boiando sobre mim, aqui vai uma dica: se fosse escrever sobre mim, hoje, que nem nas sessões de "Quem sou eu" das redes sociais, eu diria algo como: curto arte, cinema, animes e uma boa história. Não sei bem se isso serve de base para alguma coisa, mas pelo menos no Orkut funcionava. 

Bom, é isso pessoal. A intimidade entre nós, se é que exite o "nós", vai aumentar com o tempo. Espero que o blog sempre apresente assuntos diversificados, mas com a mesma essência. Quem sabe eu siga um padrão de postagens, ou não. Quem poderá saber, a vida sempre é uma loucura.

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